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Guimarães é uma das cidades mais antigas do Maranhão e respira história em cada detalhe. O território, inicialmente ocupado pelos Tupinambás, organizados em mais de vinte aldeias ao longo da Baía de Cumã. Esses povos mantinham forte relação com os franceses e resistiam à presença portuguesa, travando disputas que marcaram os séculos XVI e XVII.
A ocupação lusa se consolidou com a chegada de famílias de açorianos, que inicialmente se instalaram em Alcântara e, depois, avançaram para Guimarães. Um marco desse processo foi a abertura da Estrada Real (1622–1625), ligando Alcântara a Belém, que facilitou a formação de fazendas como a de Guarapiranga de Cumã, de João Teófilo de Barros, base para a fundação da Vila de São José de Guimarães do Cumã, em 19 de janeiro de 1758, considerada uma das mais prósperas do Maranhão no século XVIII.
Nos séculos seguintes, a cidade floresceu com o ciclo da cana e do algodão, tornando-se um polo econômico que empregava grande quantidade de mão de obra escravizada africana. No século XIX, até 39% da população local era composta por escravizados, gerando um cenário de fugas frequentes e a formação de quilombos. Após a abolição, muitos negros permaneceram nos arredores das antigas fazendas, num processo que estudiosos chamam de “aquilombamento das fazendas”, que até hoje influencia a presença marcante de comunidades quilombolas no município.
Já no século XX, a cidade viveu intensas disputas políticas e ganhou projeção no campo educacional, continuando o legado deixado pela mestra regia Maria Firmina dos Reis, com destaque ao trabalho missionário liderado pelo padre italiano Luiz Zecchinato e, posteriormente, pela missão canadense da diocese de Nicolet a partir de 1955. Esse intercâmbio cultural deixou marcas duradouras na cidade, influenciando a organização comunitária e o modo de vida local.
Hoje, Guimarães é reconhecida por sua beleza histórica, com igrejas, casarões coloniais e praças que preservam um patrimônio arquitetônico valioso, além de tradições afro-maranhenses pulsantes e um rico calendário de eventos culturais e religiosos que encantam visitantes.
Guimarães combina história e natureza em cenários que encantam visitantes:
Praia de Araoca – A 20 km da sede, é a mais frequentada da região, atraindo turistas de mais de 30 municípios vizinhos, com boa infraestrutura de bares, pousadas e restaurantes.
Balneário Campinas (Gepuba) – Localizado a 12 km da cidade, é ideal para banhos refrescantes em meio à natureza, com bares e restaurantes.
Trapiche de Guimarães – Na sede, serve como atracadouro flutuante e ponto de encontro, com quiosques, vista para a Baía de Cumã e um dos pores do sol mais belos do Maranhão.
Alto do Guarapiranga – Praça com a estátua de São José, acessível por uma escadaria de 108 degraus. Do mirante, avista-se a Igreja Matriz, o Porto Gurapiranga e as revoadas de guarás no fim da tarde.
Balneário Abrantes (Quilombo Damásio) – A 10 km da sede, com bar, restaurante e ambiente comunitário.
Rio da Passaginha, Fonte Grande e Balneário Abrantes – No Quilombo Damásio, a 9 km da cidade, oferecem lazer e contato direto com comunidades tradicionais.
Praia de Itapiranga – A 30 km da sede, com estrutura de bares e restaurante, é ótima para banhos e passeios.
Rio do Encontro – A 15 km da sede, é ponto de lazer com bar à beira d’água.
Balneário Paulina (Gepuba) – A 13 km da cidade, alia natureza com estrutura de serviços básicos para o visitante.
A gastronomia de Guimarães reflete sua herança cultural diversificada. Entre os pratos e iguarias mais tradicionais estão:
Biscoito de tapioca – Assado em forno de barro, crocante e apreciado em toda a região.
Salada de mamão verde – Receita herdada da influência canadense, adaptada ao gosto local.
Peixadas, moquecas e frutos do mar frescos – símbolos da ligação do município com a Baía de Cumã e os manguezais.
Cada refeição em Guimarães é um mergulho na memória coletiva, unindo técnicas indígenas, africanas, portuguesas e até canadenses.
O calendário cultural de Guimarães é um dos mais ricos da região, reunindo fé, música, dança e tradição popular:
19 de janeiro – Aniversário da Cidade – Data de fundação da Vila de Guimarães do Cumã, celebrada com vasta programação cultural e artística.
Carnaval – Um dos mais animados do litoral ocidental, com blocos tradicionais, escolas de samba e muita folia.
Semana Santa – Celebrada com grande devoção e programações religiosas que mobilizam a comunidade.
13 a 30 de junho – Festas Juninas – Na praça principal, com quadrilhas, bumba meu boi e muita tradição.
Setembro – Festejo do Padroeiro São José – Missas, novenas e celebrações em homenagem ao santo protetor da cidade.
Setembro – Matança do Bumba Meu Boi de Guimarães – Manifestação única do folclore local, que atrai visitantes e estudiosos da cultura popular.
Dezembro – Natal de Luz – A cidade ganha iluminação especial e programação artística natalina.
31 de dezembro – Réveillon de Araoca – Um dos maiores da região, reunindo milhares de pessoas na virada do ano na Praia de Araoca.
Além desses eventos, Guimarães é palco de manifestações culturais como o Bumba Meu Boi de zabumba, o Tambor de Crioula, a Pastoral Natalina e a Dança Portuguesa, que mantêm vivas tradições centenárias e encantam turistas de todas as idades.
✨ Guimarães é destino certo para quem busca história viva, festas populares autênticas e paisagens deslumbrantes. Um município onde o passado resiste nas tradições, o presente vibra em sua cultura e o futuro se renova em cada reencontro com suas raízes.